segunda-feira

Incompreensível

Acordo, abro os olhos 
Você está lá, no meu pensamento 
Mordo os lábios de desejo 
Me sinto uma fera enjaulada 
Repleta de desejos aprisionados 

Levanto e sigo divagando 
O dia passa sem graça, sem pressa 
Chega o entardecer no horizonte 
Vejo o luar e me lembro de você 

A noite, a bebida, os risos 
O tempo não passa, não chega 
Pingo por pingo, gota por gota 
O tempo enrola, um segundo por vez

Grãos de areia intermináveis 
Dentro da ampulheta 
Espero... Sufoco... Transbordo... Ansiedade
Mãos suadas, batidas aceleradas

Finalmente sinto seu cheiro 
Invadindo meu ser aos pouco
Não sei se paro, se volto, se fico ali 
Disfarço, me arrasto em vão 

Silêncios desconcertantes
Falo, não sei o que dizer
Loucura, demência
Um pouquinho de inocência 

A hora agora parece um sopro 
Não da trégua e desliza pelo ponteiro 
Me castiga, chega a despedida 
Um abraço apertado e caloroso 

Seu aroma gostoso na minha pele 
A lembrança do toque, do choque
Cochilo devagar, me perco 
E me desfaço em saudades

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